Toni Morrison, a primeira negra Nobel de Literatura



Beloved (Amada), Sula e Song of Solomon (Canção de Salomão) estão entre os principais romances da escritora.

Da Redação
8/10/2011


Em 08 de outubro de 1993, Toni Morrison foi coroada com o maior prêmio da literatura mundial


Com certeza, o maior trunfo de um escritor é ser coroado com um prêmio de importância e respeito como o Nobel de LiteraturaToni Morrison está na lista das personalidades que tiveram a satisfação em recebê-lo. Há exatos 18 anos, marcou a história se tornando a primeira escritora negra a ter sua obra reconhecida pelo maior prêmio da literatura mundial.

A literatura sempre foi a paixão da escritora americana de 80 anos. Nascida em uma família de classe operária de Ohio, desde a infância gostava de ler e já tinha seus autores preferidos: Jane Austen e Leo Tolstoy. O gosto era reforçado por seu pai, que narrava para a garota e seus outros três irmãos contos folclóricos da comunidade negra. Quando jovem, já na faculdade, escolheu o curso de inglês e, durante os anos que estudou, entrou para um grupo informal de poetas e escritores. 

Foi durante um encontro do grupo que apresentou um conto sobre uma jovem negra cujo maior desejo era ter olhos azuis, texto que mais tarde se tornaria seu primeiro romance, The Bluest Eye(O Olho mais Azul). O livro foi escrito quando Toni já tinha 39 anos e era mãe de dois filhos que teve com Harold Morrison, arquiteto jamaicano e colega de faculdade na Universidade Howard, de quem se separou seis anos mais tarde. 

Dezoito anos mais tarde, com seu quinto romance, Beloved (Amada), sucesso de crítica, ganhou o prêmio americano Pulitzer. Em 1998, o romance virou filme com Oprah Winfrey e Danny Glover, intitulado Bem-amada. Sula (1973) e Song of Solomon (Canção de Salomão, de 77) está na lista de livros mais notáveis da autora e que ajudaram a reforçar o coro para que fosse premiada com o Nobel. Seus romances relatam de forma forte e dolorosa as experiências de mulheres negras nos Estados Unidos durante os séculos XIX e XX.

Apesar de seus romances sempre abordarem mulheres negras, Toni não considera sua obra feminista. Também editora e professora, defende sua obra como de "acesso equitativo e de abertura de portas". Love (2003) e Mercy (2008) são os mais recentes livros da autora. Ao que tudo indica, em 2012, deve chegar às prateleiras mais uma de suas obras, até o momento conhecida pelo título Home. A autora também escreveu dois títulos infantis, The Big Box e The Book of Mean People, ambos de 2002, com seu filho mais novo, Slade.

Fonte: Tempo Mulher

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