Pró-Cotas alerta sobre a possibilidade do término das cotas raciais



A UEL avalia seu sistema de cotas Conselho Municipal de Promoção da Igualdade quer debate com a sociedade sobre o tema
O coletivo Pró-Cotas alerta a sociedade para a possibilidade do término de cotas raciais na Universidade Estadual de Londrina (UEL). De acordo com o Coletivo, debates estão sendo realizados na universidade sobre o assunto e no mês de agosto a discussão será apresentada para o Conselho Universitário.
Integrante do Coletivo Pró-Cotas, Larissa Mattos Diniz, lembrou que o término das cotas raciais seria um retrocesso para a população. “Nesse ano a UEL faz a avaliação do seu sistema de cotas. O Coletivo Pró-Cotas luta para que as cotas continuem, sem o sistema de proporcionalidade, ou seja, que realmente tenhamos 20% de estudantes negros nos cursos”, explicou Larissa.
Segundo a gestora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Londrina, Fátima Beraldo., assim como o Coletivo Pró-Cotas, o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR) também está envolvido no debate das cotas e na luta pela garantia dos negros no ensino superior. “Segundo o Coletivo há uma possibilidade que a UEL exclua as cotas raciais e mantenha apenas as cotas sociais e esse é um risco que não podemos correr. Cota racial é diferente de cota social e as duas precisam ser mantidas”, disse.
Fátima Beraldo enfatizou a importância do processo de cotas raciais e argumentou que alunos cotistas correspondem ao incentivo. “A cota é de suma importância para a população negra, é um processo positivo. Havia uma preocupação que os alunos cotistas não obtivessem um bom desempenho, mas isso não é verdade. Importantes resultados são conseguidos por esses alunos, um deles, por exemplo, foi laureado”, disse.
A gestora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial ainda destacou que a população não tem acesso à discussão sobre o término das cotas, por esse motivo o coletivo Pró-Cotas e o CMPIR estão realizando um trabalho para incluir a comunidade na discussão. Reuniões com autoridades e lideranças estão sendo realizadas e a população também é chamada a se mobilizar.

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